Tião Martins
A idade da emoção
A experiência humana, ao longo dos séculos, não nos permite afirmar a existência de idades especializadas em emoção, razão, tristeza, esperança ou desesperança. O charme da vida é a surpresa de amar aos dez, 20, 40 ou 80. Ou se desesperar aos 15, 30 ou 60. Entretanto, muita gente ainda acredita que o amor aos dez é pura ilusão e, aos 80, só desespero. E nas etapas intermediárias, essas pessoas impõem a si limites inexistentes, como se cada idade fosse um compartimento estanque, no qual só é permitido o que o senso comum diz que é compreensível e socialmente aceitável. Ora, que o senso comum vá ao inferno, com as interdições inventadas para limitar a liberdade e as escolhas das pessoas. O senso comum é só a soma de preconceitos, medos e neuroses que determinada sociedade elege como recomendáveis, para evitar as críticas e os julgamento feitos por preconceituosos, medrosos e neuróticos. Por que alguém adotaria essa receita infeliz? Esse comentário vem a propósito de mensagem enviada por um internauta, que propõe o retorno do amor a esta esquina, que andou ocupada pelos desmandos de senadores. O amor e romance continuam sendo componentes essenciais da esquina e da vida - sem eles, o resto perde o sentido e a razão. Ei-los, pois, de volta, trazidos por esse comentarista, que parece se sentir pouco à vontade, mas inteiramente lúcido, ao declarar que ainda é "um romântico sem conserto". Por que "ainda", se tem pouco mais de 30 anos, quando se inicia a época mais dourada e emocionalmente enriquecedora na vida ? Não que as idades anteriores tenham sido de mera preparação ou que o futuro prometa apenas recordações. Mas é por volta dos 30 que o ser humano alcança a plena maturidade física e emocional, juntamente com a inteira liberdade de escolher o que fará do seu futuro. Imaginar que, aos 30 anos, já é hora do toque de recolher, como pensavam as tias de antigamente, é ignorar a realidade. As mulheres de hoje chegam aos 50 e 60 com a beleza, a vitalidade e o charme que nenhuma tinha aos 20. Muitas embarcaram em canoa furada, mas saltaram fora. E há centenas, milhares de navios passando. É a idade da mais intensa emoção, para aqueles que estão nessa idade, vc e seus amigos.
A experiência humana, ao longo dos séculos, não nos permite afirmar a existência de idades especializadas em emoção, razão, tristeza, esperança ou desesperança. O charme da vida é a surpresa de amar aos dez, 20, 40 ou 80. Ou se desesperar aos 15, 30 ou 60. Entretanto, muita gente ainda acredita que o amor aos dez é pura ilusão e, aos 80, só desespero. E nas etapas intermediárias, essas pessoas impõem a si limites inexistentes, como se cada idade fosse um compartimento estanque, no qual só é permitido o que o senso comum diz que é compreensível e socialmente aceitável. Ora, que o senso comum vá ao inferno, com as interdições inventadas para limitar a liberdade e as escolhas das pessoas. O senso comum é só a soma de preconceitos, medos e neuroses que determinada sociedade elege como recomendáveis, para evitar as críticas e os julgamento feitos por preconceituosos, medrosos e neuróticos. Por que alguém adotaria essa receita infeliz? Esse comentário vem a propósito de mensagem enviada por um internauta, que propõe o retorno do amor a esta esquina, que andou ocupada pelos desmandos de senadores. O amor e romance continuam sendo componentes essenciais da esquina e da vida - sem eles, o resto perde o sentido e a razão. Ei-los, pois, de volta, trazidos por esse comentarista, que parece se sentir pouco à vontade, mas inteiramente lúcido, ao declarar que ainda é "um romântico sem conserto". Por que "ainda", se tem pouco mais de 30 anos, quando se inicia a época mais dourada e emocionalmente enriquecedora na vida ? Não que as idades anteriores tenham sido de mera preparação ou que o futuro prometa apenas recordações. Mas é por volta dos 30 que o ser humano alcança a plena maturidade física e emocional, juntamente com a inteira liberdade de escolher o que fará do seu futuro. Imaginar que, aos 30 anos, já é hora do toque de recolher, como pensavam as tias de antigamente, é ignorar a realidade. As mulheres de hoje chegam aos 50 e 60 com a beleza, a vitalidade e o charme que nenhuma tinha aos 20. Muitas embarcaram em canoa furada, mas saltaram fora. E há centenas, milhares de navios passando. É a idade da mais intensa emoção, para aqueles que estão nessa idade, vc e seus amigos.
Esse texto é para a equipe do Amazonia, em especial ao Antonio Carlos, Jorge Emanoel, Claudio Sena e o grande Paulo Roberto, que estão rindo a toa na imagem digital de Carlos Borges....
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